16 de ago. de 2010

(ESTUDANDO BIBLIOLOGIA)

 A Linguagem Falada:


Chame-se linguagem a expressão da faculdade de se comunicar. Seus sinais podem ser sonoros, visuais e até escritos. O homem civilizado pratica uma linguagem oral, fazendo grande uso da mímica, tanto que sua fala sempre acompanha de gestos fartos e expressivos.

 A Escrita Usada:


A escrita aparece pela primeira vez na narrativa em GN 4:15 E pôs o SENHOR um sinal em Caim, quando Deus pôs uma “marca”, um “sinal” em Caim. Essa marca representava uma idéia. Assim marcas, sinais, figuras, passaram a ser usadas para registrar idéias, palavras, combinações de palavras.
A Bíblia fala sinete em ÊX 39:14 Estas pedras, pois, eram segundo os nomes dos filhos de Israel, doze segundo os seus nomes; como gravuras de selo, cada uma com o seu nome, segundo as doze tribos, [IS 3:21] Os anéis, e as jóias do nariz. Usava-se o sinete para impressão em placas de barro, enquanto ainda úmidas.

A Origem do Nome “Bíblia"

Este nome consta da capa da Bíblia, mas não o vemos através do volume sagrado. Foi primeiramente aplicado por João Crisóstomo, grande reformador e patriarca de Constantinopla (398-404 a.D.).

O vocábulo “Bíblia” significa “coleção de livros pequenos”, isto porque os livros da Bíblia são pequenos, formando todos um volume não muito grande,
como tão bem conhecemos. De fato, a Bíblia é uma coleção de livros, porém, perfeitamente harmônicos entre si. É devido a isso que a palavra “bíblia”, sendo plural no grego, passou a ser singular nas línguas modernas.


  
À folha de papiro preparada para escrita os gregos chamavam “biblos”. Ao rolo pequeno de papiro os gregos chamavam “bíblion”, e ao plural deste chamavam “bíblos”. Portanto, o vocábulo “Bíblia” deriva da língua grega. No Novo Testamento grego constam os vocábulos “bíblia” ([JO 21:25] Há, porém, ainda muitas outras coisas que Jesus fez; e se cada uma das quais fosse escrita, cuido que nem ainda o mundo todo poderia conter os livros que se escrevessem. Amém.; 2 TM 4:13; AP 20:12) e “bíblion” ([RM 3:2] Muita, em toda a maneira, porque, primeiramente, as palavras de Deus lhe foram confiadas. ; HB 5:12; 1PE 4:11). A palavra “Escrituras” é derivada do latim e significa “Os Escritos”. Este é um termo simples e correto.


Revelação e Inspiração: 

  • Revelação: Deus dá a conhecer ao escritor coisas desconhecidas que, por si só, o homem não poderia conhecer.
  • Inspiração: O Espírito Santo age como um sopro os escritores, capacitando-os a receber e transmitir a mensagem divina sem mistura ou erro. O escritor, nesse caso, pode valer-se de outras evidências ou de qualquer outro material.


 O Cânon das Escrituras:

A palavra “cânon” significa literalmente “cana” ou “vara de medir”. Passou a ser usada para designar a lista dos livros reconhecidos como a genuína, original, inspirada e autorizada Palavra de Deus, e distingui-los de todos os outros livros como regra de fé. Bem cedo, na História, Deus começou a formação do livro que haveria de ser o meio de sua revelação ao homem.

Os Livros Canônicos do Antigo Testamento:

Essas “Escrituras” compunham-se de 39 livros, que constituíam nosso Antigo Testamento, embora disposto noutra ordem. Chamavam-se “Lei” – 5 livros; “Profetas” – 8 livros; e “Escritos” – 11 livros; assim:


  • Lei: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. 
  • Profetas: Josué, Juízes, Samuel, Reis, Isaías, Jeremias, Ezequiel e os Doze. 
  • Escritos: Salmos, Provérbios, Jó, Cantares, Rute, Lamentações, Eclesiastes, Ester, Daniel, Esdras, Neemias e Crônicas.

Manuscritos Originais:

Os manuscritos originais de todos os livros da Bíblia, tanto quanto saibamos, perderam-se, Deus na sua providência permitiu isso. Se existisse algum, os homens o adorariam mais do que o Seu divino Autor.

Manuscritos Existentes da Bíblia:

Não há obra clássica que chegou às nossas mãos tantos manuscritos antigos como o texto do Novo Testamento. Os manuscritos mais antigos chamam-se “unciais”, porque foram escritos em letras parecidas com maiúsculas modernas. Foram escritos em velino (Pergaminho fino, preparado com pele de animais recém-nascidos ou natimortos.) ou couro de vitela. Depois apareceram os manuscritos “cursivos”, isto é, foram lavrados em letras miúdas e ligeiras. Dos manuscritos unciais, os mais importantes são: Manuscrito Sinaítico ou código sinaítico, Manuscrito Vaticano, Manuscrito Alexandrino, Ephraemi, Bezae, Claromontanus, os rolos do Mar Morto.

TRADUÇÕES:
Versão Septuaginta (LXX):

Com exceção do texto massorético (ou tradicional), a principal autoridade para a reconstrução da forma primitiva do Antigo Testamento é a versão feita na língua grega em Alexandria, versão que leva o nome dos setenta intérpretes que são tidos como autores da obra, a Septuaginta. O Pentateuco foi traduzido para o grego. A verdadeira história da sua origem é que, havendo em Alexandria tantos judeus que não podiam ler o Antigo Testamento no original, uma versão grega foi gradualmente traduzida no terceiro e no segundo século a.C., para uso deles; provavelmente a obra inteira se completou até 150 a.C.


A expressão "Antigo Testamento" foi criada no século II d.C. e popularizada pelos chamados "pais latinos da Igreja" para denominar as Escrituras hebraicas, ou seja, os textos sagrados dos judeus, até então chamados simplesmente de "Escrituras", exatamente para distingui-los dos escritos recentemente produzidos pelos apóstolos e discípulos de Jesus (as chamadas "Escrituras gregas"), Naturalmente que os judeus não concordam em chamar suas Escrituras de "Antigo Testamento", pois isto representaria a aceitação de Jesus e da incompletude da revelação a eles feita pelo Senhor. Os judeus têm chamado o Antigo Testamento de "TANACH", palavra formada das iniciais de Torah (Lei), Neviim (Profetas) e Ketuvim (Escritos), que é o conjunto dos escritos sagrados. Esta forma de denominação do Antigo Testamento foi utilizada por Jesus, como vemos em Lc. 24:44.

Versão Vulgata:

Do latim “vulgos” – popular, corrente, do povo. É uma versão feita por Jerônimo, notável erudito da igreja estava em Roma, a qual nesse tempo ainda mantinha pureza espiritual, a quem o Papa Damaso (366-384) comissionou, em 383 a.D., para revisar a Bíblia latina. O resultado é a vulgata Latina, da qual existem inúmeras manuscritos. Possivelmente, de todos os textos, o melhor a determinar o texto da Vulgata na forma do autógrafo é o Códex Amiatinus, que foi copiado pouco antes de 716 a.D., por ordem do abade Ceolfrid, como oferta votiva para o Papa em Roma.


A Vulgata latina foi à primeira obra impressa logo depois da invenção da tipografia, saindo à luz no ano 1455. No ano de 1546, a 8 de Abril, resolveu o Concílio de Trento que se fizesse uma revisão do texto. Os encarregados desta revisão demoraram-se em fazê-la, até que finalmente, um pontífice de vontade férrea, o Papa Xisto V (1585-1590), meteu mãos à obra, tomando parte pessoal no seu acabamento. A nova revisão saiu publicada em 1590. Outra edição veio à luz os auspícios do Papa Clemente VIII em 1592.

Muitos termos técnicos, usados na teologia, saíram da Vulgata, como por exemplo, as palavras sacramento, justificação e santificação, provenientes do latim sacramentum, justicatio e santificatio.

VERSÕES EM PORTUGUÊS

A história registra que o primeiro em português das Escrituras foi produzido por D. Diniz (1279-1325), rei de Portugal. Profundo conhecedor do latim e estudioso da Vulgata. Embora fosse carente de compromisso com o Cristianismo e só lhe possível traduzir os primeiros vinte capítulo do livro de Gênesis, seu esforço colocou-o em uma posição historicamente pioneira, anterior a alguns dos primeiros tradutores da Bíblia para outros idiomas, como John Wycliff, por exemplo, que só em 1380 logrou a tradução das Escrituras para a língua inglesa.


Algumas outras traduções realizadas em Portugal são dignas de nota:

a) Os quatro evangelhos, traduzidos em apurado português pelo padre jesuíta Luz Brandão.

b) No início do século XIX, o padre Antonio Ribeiro dos Santos traduziu os evangelhos de Mateus e Marcos, ainda hoje inéditos.

É importante destacar que todas essas obras sofreram, ao longo dos séculos, inexorável perseguição da Igreja Romana, e de muitas delas escaparam apenas um ou dois exemplares, atualmente raríssimos. A Igreja Romana também desejou anátemas a todos que conservassem consigo essas “traduções da Bíblia em língua vulgar”, conforme as denominavam.

A tradução de Almeida:

João Ferreira de Almeida foi autor da grandiosa tarefa de traduzir, pela primeira vez em português, o Antigo e o Novo Testamento. Nascido em 1628 na localidade de Torre de Tavares, nas proximidades de Lisboa, Almeida mudou-se para o Sudeste da Ásia aos 12 anos de idade.

Conhecedor do hebraico e do grego, Almeida pôde utilizar-se dos manuscritos nessas línguas, baseando sua tradução no Textus Receptus, do grupo bizantino. Ao longo desse criterioso trabalho, ele também se serviu das traduções holandesa, francesa (tradução de Beza), italiana, espanhola e latina (Vulgata).

A BÍBLIA NO BRASIL

Tradução completa:

Em 1902, as sociedades bíblicas empenhadas na disseminação da Bíblia no Brasil patrocinaram nova tradução para o português, baseada em manuscritos melhores que os utilizados por Almeida. A comissão constituída para esse fim, composto de eruditos nas línguas originais e no vocábulo, entre eles o gramático Eduardo Carlos Pereira, fez uso de ortografia correta e vocabulário apurado. Publicada em 1917, esteve sob a direção do Dr. H. C. Tucker. Apesar de ainda hoje ser apreciadíssima por grande número de leitores, essa Bíblia não conseguiu firmar-se no gosto do grande público, não sendo mais impressa atualmente.

Revisão da Tradução de Almeida:

Em 1948 organizou-se a Sociedade Bíblica do Brasil como objetivo de “dar a Bíblia à pátria”. Essa entidade fez duas revisões no texto de Almeida, trabalho esse iniciado em 1945 pelas Sociedades Bíblicas Unidas. A linguagem foi muito melhorada, e não restam dúvidas de que nessa revisão foram usados manuscritos gregos dos melhores, muito superiores aos do Textus Receptus, utilizados originalmente por Almeida. Das duas revisões elaboradas pela recém-criada Sociedade Bíblica do Brasil, uma foi mais aprofundada, dando origem à Edição Revisada e Atualizada (ARA), e uma menos profunda, que conservou o nome “Corrigida (ARC)”.

Linguagem de Hoje:

Essa publicação das Sociedades Bíblicas Unidas, através da Sociedade Bíblica do Brasil, baseia-se na segunda edição (1970) do texto grego dessa sociedade. Esse texto tirado proveito das vantagens da pesquisa moderna, pelo que é bom representante do original. Publicada completa, A Bíblia na Linguagem de Hoje foi lançada em 1988 e tem como propósito apresentar o texto bíblico em uma linguagem comum e coerente.

A BÍBLIA, SUA DIVISÃO E SEUS LIVROS

A Bíblia divide-se em duas partes principais: Antigo Testamento e Novo Testamento (hb. Beruth e gr. Diatheke), que aliança “Aliança ou Concerto e Testamento”. Tem 66 livros, sendo 39 no Antigo Testamento (AT) no Novo Testamento (N.T.), livros estes escritos num período de aproximadamente 15 séculos e por cerca de 40 escritores, os quais pertenceram às mais variadas profissões e atividades. Viveram e escreveram em países, regiões e continentes diferentes; entretanto, seus escritos formam uma harmonia perfeita. Isso prova que um só (o Espírito Santo) os dirigia no registro da revelação divina.

O Antigo Testamento

Escrito originalmente em hebraico. Pequenos trechos como Esdras 4.8 a 6.18; 7.12-26; Daniel 2.4 a 7.28; e Jeremias 10.11, foram em aramaico, que é o mesmo que siríaco. Note o seguinte Texto: [IS 36:11] Então disseram Eliaquim, Sebna e Joá a Rabsaqué: Pedimos-te que fales aos teus servos em siríaco, porque bem o entendemos, e não nos fales em judaico, aos ouvidos do povo que está sobre o muro.

Depois do cativeiro babilônico os judeus passaram a falar aramaico, que era língua falada por Cristo e seus discípulos, embora também naquele tempo já se conhecesse o koinê (comum), idioma popular dos gregos. Algumas palavras no idioma persa também se encontram no AT, como “sátrapa” (ED 8:36; ET 3:12; DN 3:2) e outras.

O Antigo Testamento se divide em quatro grupos: Lei, História, Poesia e Profecia

O Novo Testamento

Escrito originalmente em grego, co exceção do Evangelho de Mateus que foi escrito hebraico. Divide-se em quatro grupos: Biografia, História, Doutrina e Profecia.


Os Evangelhos eram conhecidos, na Igreja Primitiva, como o Evangelho. A razão de haver quatro Evangelhos se compreende pelo seguinte:

Mateus: se dirige aos judeus e apresenta Jesus como o Messias;

Marcos: se dirige aos romanos e apresenta Jesus como Rei vitorioso e vencedor;

Lucas: se dirige aos gregos e apresenta Jesus como Filho do Homem. É o mais completo;

João: se dirige à Igreja e apresenta Jesus como o Filho de Deus. É o mais espiritual.

História: É o livro de Atos dos Apóstolos. Registra a história da Igreja primitiva.

Doutrina: São as 21 epístolas (Romanos a Judas). Contém a doutrina da Igreja e se subdividem em quatro partes:

Eclesiásticas: de Romanos a II Tessalonicenses, dirigidas às Igrejas;

Individuais: de I Timóteo a Filemon, dirigidas a indivíduos;

Coletivas: a carta aos Hebreus, dirigida aos hebreus cristãos;

Universais: de Tiago a Judas, dirigidas a todos, indistintamente. Embora I e II João sejam dirigidas a pessoas, se enquadram aí.

Profecia: É o livro de Apocalipse. Trata da volta pessoal do Senhor Jesus à Terra e das coisas que precederão esse glorioso evento.

O TEMA CENTRAL DE TODOS OS LIVROS DA BÍBLIA:
 
É o Senhor Jesus Cristo. Ele mesmo no-lo declara em ([LC 24:27,44]"27 E, começando por Moisés, e por todos os profetas, explicava-lhes o que dele se achava em todas as Escrituras. 44 E disse-lhes: São estas as palavras que vos disse estando ainda convosco: Que convinha que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na lei de Moisés, e nos profetas e nos Salmos. " ; [JO 5:39] Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam; ). Considerando Cristo como tema Central da Bíblia, os 66 livros poderão ficar resumidos em 5 palavras, todas referentes a Cristo, assim:


Preparação: todo o Antigo Testamento trata da preparação para o advento de Cristo.


Manifestação: os Evangelhos tratam da manifestação de Cristo no mundo, como Redentor.


Propagação: os Atos dos Apóstolos tratam da propagação de Cristo por meio da Igreja.


Explanação: as Epístolas tratam da explanação de Cristo. São detalhes da doutrina.


Consumação: o Apocalipse trata de Cristo consumado todas as coisas.

Tendo Cristo como o tema central da Bíblia, podemos resumir todo o Antigo Testamento numa frase: JESUS VIRÁ! ; e o Novo Testamento noutra frase: JESUS JÁ VEIO. (é claro, como Redentor).

Ele ocupa o lugar central das Escrituras em tipos, figuras, símbolos e profecias. Contemplamo-lo em todos os livros da Bíblia. Abaixo segue uma fraca amostra da Sua evidência em todos os Livros da Bíblia:


Fatos e particularidades da Bíblia

1. Os livros de Ester e Cantares não falam em Deus, porém sua presença é iniludível nos mesmos, especialmente nos episódios milagrosos de Ester.

2. Há na Bíblia 8000 menções de Deus entre seus vários nomes e 177 menções do Diabo sob seus vários nomes.

3. A vinda do Senhor é referida 1845 vezes, sendo 1527 no Antigo Testamento e 318 no Novo Testamento. Não é um assunto para séria meditação?

4. O livro de Isaías é uma miniatura da Bíblia. Tem 66 capítulos correspondente aos 66 livros. A primeira seção tem 39 capítulos correspondente à mensagem do Antigo Testamento. A segunda seção tem 27 capítulo, tratando de conforto, promessa e salvação, correspondente à mensagem do Novo Testamento. O Novo Testamento termina mencionando o novo céu e a nova terra. O mesmo acontece no término de Isaías (66.22).



Os Livros Apócrifos:

Assim se chamam, geralmente, uns 7 a 14 livros que, em algumas Bíblias são inseridos entre o Antigo e o Novo Testamento, e que foram escritos por judeus piedosos, durante os 400 anos em que esteve silenciosa a voz da profecia. Desconhece-se, em grande parte, seus autores, e foram adicionados à Septuaginta, ou seja, a versão grega do Antigo Testamento, feita em Alexandria durante esse período. Não se encontram, portanto, no cânon hebraico do Antigo Testamento e, pelos judeus, nunca foram considerados inspirados, como 39 livros do Antigo Testamento que sempre foram considerados.

Jerônimo mesmo, a quem se deve a versão Vulgata Latina (Oficial da Igreja Católica Romana, desde o Concílio de Trento), faz a distinção canônicos, como obras de autoridade, e os não canônicos, que ele considera úteis para estudo privado, e “para exemplo de vida e instrução de costumes”, mas que “não deveriam ser utilizados para estabelecer qualquer doutrina”. Nenhum apócrifo foi jamais citado por nosso Senhor Jesus Cristo, nem reconhecido como inspirado pela igreja primitiva.

Os principais Apócrifos do Antigo Testamento são os seguintes:

Tobias: um romance do tempo do cativeiro de Israel pela Assíria. Escrito cerca de 200 a.C.

Judite: um romance do tempo de Nabucodonosor. Escrito cerca 100 a.C.

I Esdras: uma versão grega escrita cerca de 100 a.C., de partes de Crônicas, Esdras e Neemias.

II Esdras: escrito no segundo século a.C. As versões de uma nova era.

Sabedoria de Salomão: obra sapiencial, escrito por um judeu de Alexandria, 100 a.C.

Eclesiástico: parecido com o livro de Provérbios. Chama-se, também, “A Sabedoria de Jesus, Filho de Sirac”. Escrito cerca de 180 a.C.

Baruque: obra escrita cerca de 300 a.C. e que dá a entender ser de Baruque, o escriba de Jeremias.

I e II Macabeus: obra de grande valor sobre a era dos Macabeus. Cerca de 100 a.C.

Ester: acréscimos ao livro de Ester, feito no segundo século a.C. (texto grego).

Acréscimos ao livro de Daniel: O Cântico dos Três Mancebos (3.24-90); A História de Suzana (cap. 13); Bel e o Dragão (cap. 14).

A Oração de Manasses: dá a entender que é a oração de Manasses.

Há também vários livros apócrifos do Novo Testamento: Evangelho de Bartolomeu, Evangelho de Filipe, Evangelho de Matias, Evangelho de Pedro, Evangelho de Tomé, Evangelho Segundo dos Hebreus, Atos de André, Atos de Bartolomeu, Atos de Pilatos e outros. É tão raro que se encontre um livro, não canônico, anexo a manuscritos do Novo Testamento, que nunca se tratou seriamente de incluir qualquer deles no cânon.

Observações úteis e práticas no manuseio e estudo da Bíblia

1. Apontamentos individuais dos assuntos em estudo;

2. Aprender a ler e escrever referência bíblica, ex.: pontos abreviativos;

3. Conhecer a diferença entre texto, contexto, referência, inferência, etc.

a. TEXTO – São as palavras contidas numa passagem;

b. CONTEXTO – É a parte que fica antes ou depois do texto conforme a leitura;

c. REFERÊNCIA – É a conexão direta entre determinado assunto, que pode ser verbal ou real. Ex.: Ref. Verbal é um paralelismo de palavras, nem sempre tratam do mesmo assunto, como por Ex.: o vocabulário FÉ, que tem vários sentidos nas escrituras. Já as ref. Real trata sempre do mesmo assunto, como por Ex.: a Volta de Cristo, é algo concreto.

d. INFERÊNCIA – É uma conexão indireta entre assuntos ou conclusões que se faz.

4. Conhecer os manuscritos Bíblicos e versões da Bíblia:

a. Manuscritos são cópias das originais;

b. Versões são traduções de manuscritos.

5. Conhecer as siglas das diferentes versões em vernáculos, ex.: ARC Almeida Revisada e Corrigida, ARA, FIG, VIBB, etc.

6. Conhecer o tempo cronológico antes e depois de Cristo, indicado pelas letras:

AC – Antes de Cristo; DC – do Latim “ANNO DOMINI” isto é, ano do Senhor, que corresponde a depois de Cristo.

7. Saber manusear o volume sagrado, isto é, encontrar com rapidez qualquer ref. Bíblica – Lc. 4:17 – A Bíblia é destinada ao coração para ser amada, e a mente, para ser estudada e entendida, Hb. 10:16; Ne. 8:8.

8. Possuir boas fontes de consultas: A Bíblia, se possível todas as legítimas versões em português; bons livros, mas não substitutos da Bíblia. Devemos estudar a Bíblia pela Luz do Espírito de Deus e não pelas versões de teólogos.

9. Conhecer antiguidades Bíblicas, isto é, vidas, leis, costumes e terras dos povos bíblicos.

10. Ter o conhecimento do plano global de Deus, isto é, da dispensações e alianças através dos séculos, Ef. 3:11.

O apóstolo Pedro, falando das Escrituras, disse o seguinte à cerca N. Testamento: “Falando disto, como em todas as suas epístolas, entre as quais há pontos difíceis de entender, que os indoutos e inconstantes torcem e igualmente as outras escrituras para sua própria perdição” II Pe. 3:16.

Auxílio para compreensão

Comece o estudo com o Novo Testamento; Plano de Estudo: “Busque” Jo 5:39; “Medite” Sl. 1:2; “Compare” I Co. 2:13. Ao ler, primeiramente, leia “sinteticamente” (um livro de cada vez), depois leia e estude analiticamente trecho por trecho; procure subsídios para o estudo; Ex.: um dicionário Bíblico.

Informações úteis para se expor uma mensagem

Quando falamos em público, ou escrevemos para o público, devemos aplicar qualidades essenciais do estilo: correção, concisão, clareza, harmonia, originalidade, nobreza e naturalidade.

Definimos assim:

- CORREÇÃO: evitar erros, corrigi-los quando houver;

- CONCISÃO: expor idéias com poucas palavras;

- CLAREZA: com transparência, limpidez;

- ORIGINALIDADE: que tenha origem bíblica;

- NOBREZA: cheio de valores morais;

- NATURALIDADE: é regra fundamental, deixando a Bíblia interpretar a SI MESMO.

Para compreender bem o que a Bíblia tem nos dizer, precisamos de todo o conselho e ajuda que um estudo de Hermenêutica pode nos oferecer.

A base da interpretação da Bíblia é a própria Bíblia

Lembremos, que as Escrituras, tratando de temas variados, foram escritos por homem de diferentes características, em épocas remotas, países distantes uns dos outros, no meio de povos de costumes diversos e numa linguagem típica da região.

Primeira regra fundamental

a. Pelo seu conteúdo e ensino geral;

b. Pelo ensino geral do escritor de cada livro;

c. Pelos seus textos e contextos e palavras paralelas;

d. Na leitura contínua, sempre na dependência e inspiração do Espírito, que é o seu melhor intérprete – Jo. 14:26; II Tm. 3:14,17.

Na interpretação do Livro de Deus, torna-se Necessário

a. Comparar as coisas espirituais as espirituais, Cl.1:9;

b. Procurar conhecer a realidade e a verdade, II Tm. 2:25;

c. Ser sensato e saber raciocinar, Pv. 2:2-5.

"As Escrituras é rica em expressões simbólicas, figura retórica; qualquer interpretativo de ensino ou doutrina só pode ser verdadeira, se houver passagem contrária nas Escrituras, Dt. 29:29"


Angrey!!!.







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